Texto Adrielle Torresan - Nutricionista CRN 3 65169
Qualiat consultoria de Segurança Alimentar

Muito além de nutrir nosso corpo, a comida nos traz conforto, com a capacidade de nos transportar no tempo através de memórias em momentos que estávamos felizes e nos sentindo amadas, muitas das vezes estávamos em volta da mesa cheia de comida, com as pessoas que mais amamos. Comer um bolo na padaria que tem o bolo igual o que sua avó fazia, tem um sentimento nostálgico, e até mesmo aquele chocolate que você compra há anos “por que você merece” sempre que tem um dia ruim, são alimentos afetivos . E quando a sua fome é específica daquele bolo ou do chocolate, chamamos de fome emocional.
Antes de mais nada, vamos entender o que é fome biológica e o que é fome emocional:
A fome biológica é aquela que surge quando nosso corpo realmente precisa de energia. É fome, e ela pode ser saciada com arroz e feijão ou qualquer outro alimento, ela aparece de forma gradual, normalmente nos horários que você costuma fazer as principais refeições do dia.
A fome emocional não é fisiológica, ela aparece de repente, gera desejo por alimentos específicos, não é saciada por qualquer alimento, muitas vezes está associada a sentimentos: Ansiedade, estresse, tristeza, solidão.
Afinal, por que tenho vontade de comer quando estou triste? O ato de comer libera dopamina e serotonina, hormônios que trazem sensação de prazer e bem-estar. Quando estamos emocionalmente abaladas, nosso cérebro pode buscar esse alívio na comida, principalmente em alimentos ricos em açúcar e gordura.
Mulheres que passaram por situações de violência podem desenvolver uma relação complexa com a alimentação. O estresse pós-traumático, a ansiedade e até a necessidade de autocuidado podem levar a episódios frequentes de fome emocional.
Como eu posso identificar se estou como fome emocional? Quando você sentir vontade de comer repentinamente, faça esta pergunta:
“Se eu tivesse um prato de arroz e feijão agora eu comeria?” Se a resposta for não, você está com fome emocional.
E então se faça outra pergunta: “como posso lidar com essa emoção de outra forma?”
Devo deixar claro aqui que não há mal nenhum em querer comer um doce as vezes, o problema é quando você lida com as suas emoções com comida, e se isso está acontecendo é importante buscar outras alternativas como: prática de atividades físicas, meditação e apoio psicológico.
Não coma as suas emoções, procure ajuda.
Nutricionista Adrielle Torresan – CRN 3 65169
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