Faça a sua parte, mude essa história!
Atualmente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), de 201, divulgou em pesquisas que o número de pessoas idosas no país obteve um aumento de 30,2 milhões. Está população tem como objeto legislativo de amparo o Estatuto da Pessoa Idosa, lei nº lei 10.741, de 01 de outubro de 2003, e que em 2022 obteve uma nova redação sob a lei nº 14.423 para inclusão de homens e mulheres, pois o termo anterior, Estatuto do idoso, era excludente, haja vista a maioria das pessoas acima dos 60 são mulheres.
Esta maioria é percebi por mim no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos nos territórios que desenvolvo trabalhos à esta população. E fica perceptível as questões relativas as diferentes violências que elas são atravessadas e que permeiam as suas vidas.
Segundo o Estatuto da Pessoa idosa em seu Art. 2º.
A pessoa idosa goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.
Contudo, sabemos que o mundo ideal está longe do mundo real, principalmente com relação a mulheres idosas, e se caso forem negras, nordestinas, deficientes, obesas e homossexuais, as violências vão se agravando. Dentro do Serviço que trabalho é perceptível as violências sofridas, iniciando pelo etarismo, que pode ser cometido contra jovens, contudo em sua maioria ocorre contra pessoas idosas até a negligência e violências físicas e sexuais.
As violências contra as Pessoas idosas, especificamente contra as mulheres podem ser:
Violência Física: ato de provocar intencionalmente qualquer tipo de lesão corporal;
Violência Psicológica: ações que leve a um sofrimento emocional, por exemplo, agressões verbais, negligência, desprezo, ameaças, prejudicar a autoestima, entre outros;
Violência Institucional: qualquer tipo de violência exercida dentro do ambiente institucional; Violência Sexual: ações que obriguem outra pessoa a ter interações sexuais ou a utilizarem da sexualidade, com fins de lucro, vingança entre outros; Violência Moral: trata-se de calúnias, difamações e injúrias;
Abuso financeiro e Violência patrimonial: esse tipo de violência tem enfoque nas perdas, danos financeiros, roubos e furtos, destruição de bens, documentos ou valores de outras pessoas;
Discriminação: comportamentos discriminatórios, ofensivos e desrespeitosos em relação, por exemplo, à condição física da pessoa idosa.
No serviço que trabalho temos casos de negligência familiar, abandono, violência verbal, violência patrimonial, violência física, e quais os sinais e sintomas que estas idosas apresentam ao sofrem estas violências? Foram identificados Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), Depressão, dificuldade em armazenar informações, falta de apetite, pensamentos acelerados, logomania, alopecia, tristeza profunda, dentre outras. Utilizam mecanismos de defesa como negação da realidade.
A dor que estas mulheres sentem passam a ser canalizadas como energia que acaba influenciando tudo aquilo que a pessoa sente. Além dos sintomas neuróticos, desenvolvem doenças psicossomáticas, onde o corpo sofre fisicamente por conta dos desconfortos mentais, que muitas vezes são difíceis de serem expressadas e que são causadas por todo tipo de pensamento ou sentimento que ficaram reprimidos no inconsciente.
Além disso, apresentavam falas de violências institucionais sofridas em equipamentos públicos e privados, como demora nos atendimentos médicos, bancos e dentro de espaços educacionais. Neste sentido, existem alguns canais que podemos acionar quando presenciamos ou necessitamos denunciar algum caso de violência:
Delegacia do Idoso;
Defensoria Pública;
Ministério Público;
Disque 100;
Conselho Municipal do Idoso;
Disque 180 ou mensagem via WhatsApp® (61) 9610-0180.
REFERÊNCIAS
Casa Civil. LEI No 10.741. (2003). Recuperado de https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2017). Número de idosos cresce 18% em 5 anos e ultrapassa 30 milhões em 2017. Recuperado de https://www.ibge.gov.br/busca.html?searchword=idosos&searchphrase=all#:~:text=A%20popula%C3%A7%C3%A3o%20brasileira%20manteve%20a,Domic%C3%ADlios%2C%20divulgada%20hoje%20pelo%20IBGE.
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