
LUTO PARENTAL
- Katia Gutierre
- 31 de jul.
- 2 min de leitura
Luto Parental: Nova Lei Garante Direitos e Humanidade no Acolhimento às Famílias
A dor da perda gestacional, fetal ou neonatal é uma das experiências mais profundas e devastadoras que uma família pode enfrentar — e por muitos anos, essa dor foi silenciada, invisibilizada ou tratada com frieza nos ambientes hospitalares.
Mas essa realidade está prestes a mudar.
A partir de agosto de 2025, entra em vigor, em todo o Brasil, a Lei nº 15.139, conhecida como Lei do Luto Parental. A nova legislação representa um marco no acolhimento de famílias que sofrem com perdas durante a gestação, o parto ou nos primeiros dias de vida do bebê.
A proposta da lei é clara: humanizar o cuidado e garantir dignidade nesse momento tão delicado. Entre as principais medidas previstas, estão:
🌷 O que a Lei assegura:
Acomodação separada para mães em luto, evitando o contato direto com outras puérperas e recém-nascidos;
Ambiente de despedida, garantindo que os pais possam se despedir do bebê com respeito e privacidade;
Registro simbólico do bebê, oferecendo uma forma concreta de validação daquela existência;
Direito à presença de acompanhante, inclusive nos casos de natimorto ou perda perinatal;
Apoio psicológico após a alta hospitalar, além de assistência social para orientar os trâmites do luto.
🤍 O silêncio não pode mais ser resposta
O luto parental é real e precisa ser acolhido com empatia. Por muito tempo, mães e pais enfrentaram a perda em meio ao descaso, sem suporte emocional, sem espaço para viver a dor, sem reconhecimento da existência daquele bebê.
Agora, a lei traz um recado importante: o sofrimento dessas famílias importa. E precisa ser cuidado.
📅 Um mês para lembrar e conscientizar
Além das medidas práticas, a Lei também institui outubro como o Mês de Conscientização sobre o Luto Gestacional, Neonatal e Infantil. Um passo importante para quebrar o tabu, promover empatia e incentivar ações de escuta e amparo.
No Projeto Acolhimento Mulher, reconhecemos que lutar por direitos é também lutar por humanidade. O luto não deve ser vivido em silêncio. Toda mulher merece ser respeitada em sua dor, amparada em seu processo e acolhida em sua história.
Você não está sozinha.
Seu luto importa. Seu bebê importa. Sua dor tem voz.

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