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81 itens encontrados para ""

  • A VIOLÊNCIA NA RECUSA MÉDICA PARA LAQUEADURA EM MULHERES COM 21 ANOS

    Nos últimos dias vários jornais de vários estados brasileiros noticiaram que apesar da LEI 14.443/2022 ser clara, dando o direito para mulheres com 21 anos ou mais optarem pela esterilização (laqueadura), sem o consentimento do conjunge e sem ter filhos, que foi aprovada em agosto de 2022, alguns profissionais se sentem do direito de negar este direito as mulheres. (https://www.acolhimentomulher.org/post/laqueadura-pelo-sus) Na teoria, a nova Lei dá o direito as mulheres de realizar laqueadura e os homens vasectomia a partir dos 21 anos. (Antes esses procedimentos só podiam ser feitos depois dos 25 anos e existia ainda a exigência de ter pelo menos dois filhos vivos, além do consentimento do cônjuge). Seria um avanço na legislação do Planejamento Familiar, com menos burocracias e com um impacto positivo na vida das mulheres, com o direito e o poder de decisão sobre seu corpo. Porém alguns profissionais que nem deviam trabalhar na área do planejamento familiar se sentem no direito de negar o procedimento. Se apoiando em resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina) que diz ¨Profissionais de saúde podem se negar a participar da intervenção caso não concordem ideologicamente com ela¨ UM COMPLETO ABSURDO ! O profissional médico que não concorda com o direito da mulher sobre as decisões do seu corpo, nem deveria trabalhar no Planejamento Familiar. Negar este direito a mulher é regredir na Lei ! Para as mulheres que tiverem seu direito negado existe onde recorrer : Peça ao médico que formalize o motivo por escrito e encaminhe o documento para a Secretaria de Saúde da região onde mora. Encaminhe também sua história para www.acolhimentomulher.org Aqui você será apoiada, iremos lutar com e por você ! BIBLIOGRÁFIA: https://twitter.com/folha/status/1782715300326129712 https://www12.senado.leg.br/radio/1/noticia/2023/03/06/ja-esta-em-vigor-a-lei-que-facilita-a-laqueadura-e-a-vasectomia https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/junho/ministerio-da-saude-orienta-gestores-sobre-laqueadura-e-vasectomia-no-sus

  • PROGRAMA EMPREGA + MULHERES ¨ IGUALDADE DE GÊNERO NO AMBIENTE DE TRABALHO¨

    Neste dia 1º de maio feriado que comemora O DIA DO TRABALHADOR, vamos falar sobre a importância da garantia de direito das MULHERES QUE TRABALHAM, e para isso iremos apresentar o PROGRAMA EMPREGA + MULHERES, um programa de extrema importância na garantia de direitos e que é tão pouco divulgado. A Lei 14.457/2022 instituiu o Programa Emprega + Mulheres, destinado à inserção e promoção de mulheres no mercado de trabalho, por meio da implementação de medidas tendentes a estimular o apoio à parentalidade, divisão de responsabilidades parentais e promoção de igualdade de gênero no mercado de trabalho. O programa promove a inserção e a manutenção das mulheres no mercado de trabalho com: Incentivo a contratação e a promoção da participação feminina em cargos de liderança, especialmente em áreas com baixa participação feminina; Políticas de promoção da diversidade de gênero em suas estruturas de gestão, visando a equidade de oportunidades para homens e mulheres; campanhas de conscientização, treinamentos e programas de diversidade e inclusão; Estímulo à aprendizagem profissional; Medidas de apoio aos cuidados dos filhos pequenos; (MP 1116/2022), Fexibiliza a jornada de trabalho para mães e pais que tenham filhos com até seis anos ou com deficiência, os quais podem ser beneficiados com prioridade para regime de tempo parcial, antecipação de férias e concessão de horários flexíveis de entrada e saída, mediante acordo com a empresa em que trabalha; Mais 60 dias de licença-maternidade nas empresas cidadãs; Aumenta de dois para seis os dias que o companheiro tem direito para acompanhar a grávida em consultas e exames; Empresas com no mínimo 30 mulheres tenham espaço próprio e adequado para acomodação dos filhos durante o período da amamentação; mas se não houver esse local, a empregada poderá contar com um reembolso-creche; Auxílio-creche para mulheres com filhos com idade até 5 anos e 11 meses ; Mulheres devem receber o mesmo salário dos homens que exerçam a mesma função na empresa; Incentivos à qualificação profissional feminina; Apoio ao microcrédito para mulheres; Apoio à prevenção e combate ao assédio sexual e outras formas de violência no local de trabalho com inclusão de regras de conduta; Fixação de procedimentos, Recebimento e acompanhamento de denúncias; Ações de capacitação, orientação e sensibilização dos funcionários; Implementação de canal de denúncias; estas são algumas das determinações trazidas; Através da CIPA as empresas também devem : Incluir nas suas atividades e práticas temas referentes à prevenção e combate ao assédio sexual e outras formas de violência, além de realizar ações de capacitação, orientação e sensibilização dos empregados. A legislação também garante expressamente o anonimato do denunciante. Acolhimento Mulher quer saber sua emprega trabalha dentro da Lei? Deixe aqui o seu relato, você tem voz aqui mulher ! BIBLIOGRAFIA: https://www.acolhimentomulher.org/post/a-lei-14-457-estabelece-o-programa-emprega-mulheres https://www.google.comsearchclient=firefoxd&q=PROGRAMA+TRABAMA+MAIS+MULHER https://www.gov.br/pt-br/noticias/trabalho-e-previdencia/2022/09/entra-em-vigor-lei-que-cria-o-programa-emprega-mulheres https://www.jusbrasil.com.br/artigos/programa-emprega-mais-mulher-um-grande-passo-para-a-igualdade-de-genero-no-ambiente-de-trabalho/1814543464

  • 25 DE ABRIL 50 ANOS DA DECLARAÇÃO DOS CRAVOS

    Segundo a Plataforma portuguesa para os direitos das mulheres nestes 50 anos muitas coisas mudaram: A mulher casada deixou de ter estatuto de dependência do marido; Desapareceu a figura do “chefe de família” bem como as disposições que atribuíam aos homens a administração dos bens do casal; A obrigação do trabalho doméstico deixou de pertencer, à mulher A residência do casal passou a ser decisão de ambos os cônjuges (e não apenas do homem); Relativamente ao poder parental, a mulher deixou de deter apenas uma posição secundária de mera conselheira para deter poder de decisão pleno em igualdade de circunstâncias com o marido; Marido e mulher puderam acrescentar ao seu nome, no momento do casamento, até dois apelidos do/a outro/a; Em 1974, pela primeira vez as mulheres puderam votar (e ser eleitas) de forma universal e livre (Decreto-Lei n.º 621-A/74, de 15 de novembro). A violência em relações de intimidade apenas passou a crime em 1982; EM 1995 o crime de maus-tratos psíquicos, passa a ser punível de 1 a 5 anos, A Lei n.º 7/2000, de 27 de maio se atribuiu a natureza de crime público ao crime de maus-tratos, passando assim o procedimento criminal a não estar dependente de queixa da vítima, bastando para tal haver denúncia ou conhecimento do crime para a intervenção do Ministério Público; Em 2007 (violência física, psicológica e/ ou sexual) deixaram de implicar reiteração, podendo um ato único e isolado integrar a prática deste crime; A Lei nº 59/2007 de 4 de setembro, o conceito de violência doméstica foi alargado abrangendo também os ex-cônjuges, indivíduos que vivem ou viveram em união de facto, que tenham mantido um relacionamento amoroso sem a necessidade de coabitarem (art.º 152º do código penal); A Lei nº 104/2009 de 14 de setembro, aprova a concessão de uma indemnização às vítimas, podendo abranger medidas de apoio social e educativo, assim como medidas terapêuticas ajustadas ao nível físico, psicológico ou profissional, ampliando deste modo as medidas de proteção vítimas. No ano de 2009, a Lei nº 112/2009, de 16 de setembro, acrescentou medidas de proteção e prevenção: aprovando detenção fora do flagrante delito; Em 1984 tinha sido adotada a Lei n.º 6/84 que veio permitir a interrupção voluntária da gravidez em casos de perigo de vida da mulher, perigo de lesão grave e duradoura para a saúde física e psíquica da mulher, em casos de malformação fetal ou quando a gravidez resultou de uma violência, com a Lei n.º 16/2007, de 17 de Abril, sobre a exclusão da ilicitude nos casos de interrupção voluntária da gravidez, e passa ser possível realizar a IVG por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas de gravidez. Em 2019 entrou em vigor a Lei da igualdade remuneratória que vem estabelecer mecanismos de informação, avaliação e correção que visam efetivar o princípio do salário igual para trabalho igual ou de igual valor, procurando corrigir a situação de desvantagem generalizada e estrutural das mulheres no mercado de trabalho (Lei n.º 60/2018, de 21 de agosto) É claro que a muito ainda para se conquistar, e no que se trata dos direitos das mulheres não podemos descuidar nem um momento. Mas é uma delicia ver a evolução dos direitos das mulheres em toda parte do mundo, parabéns as mulheres portuguesas. Esperamos em breve trazer mais vitórias delas !

  • Abril Indígena os avanços das mulheres indígenas na sua luta por direitos humanos

    Movimento criado pela ONU Mulheres para  discutir os desafios e celebrar as conquistas dos povos indígenas; ampliar as vozes das defensoras de direitos humanos e da juventude indígena; uma atenção especial aos direitos humanos das mulheres e meninas indígenas e aumentar a conscientização sobre as obrigações do Estado para proteger os direitos humanos da população indígena. Mulheres e pessoas indígenas, elas estão sujeitas à pobreza extrema, intolerância religiosa, ao tráfico, à falta de acesso a cuidados de saúde e educação inadequados ou insuficientes e à violência na esfera privada e pública, tais como várias formas de violência relacionadas a invasões dos territórios ancestrais e atividades garimpeiras ilegais. A ONU Mulheres da  prioridade à liderança das mulheres e à eliminação de todas as formas de discriminação experimentadas pelas mulheres com base em sua raça, etnia, classe, status social e econômico e demais discriminações, que impedem a realização dos seus direitos humanos, colaborando com mulheres indígenas nas suas lutas por direitos humanos por décadas em todo mundo, em todos os níveis e frentes. No Brasil a ONU Mulheres tem trabalhado com mulheres indígenas na construção de seu movimento e apoiando sua luta por direitos humanos e autonomia, a transversalização de seus direitos nas políticas públicas, a nível federal, estadual e municipal, a participação igual na política e em espaços de liderança. Exemplos de conquistas das mulheres indígenas: Comitê das Nações Unidas para a Eliminação da Discriminação contra a Mulher (CEDAW) da Recomendação Geral Nº 39 (2022) sobre os direitos das mulheres e meninas indígenas, ferramenta legal internacional, que exige que os governos desenvolvam e implementem imediatamente leis e políticas abrangentes para enfrentar a discriminação histórica e a violação dos direitos individuais e coletivos das mulheres indígenas. As mulheres indígenas brasileiras enviaram suas delegadas à consulta regional com os membros do Comitê CEDAW no México, no ano passado, elas promoveram a inclusão das medidas necessárias a serem implementadas pelo governo, poder judiciário e legislativo, com protagonismo político e de mobilização social . Agora que as mulheres indígenas tiveram sucesso com a adoção deste poderoso documento legal internacional, ele pode ser usado para melhorar a legislação existente, para desenvolver novas leis e políticas para proteger os direitos das mulheres e meninas indígenas do Brasil. Parabéns a ONU MULHERES que tem um trabalho extraordinário na luta diária com mulheres indígenas nas lutas por direitos, autonomia, proteção e seu legítimo assento em mesas onde decisões que impactam suas vidas estão sendo tomadas.

  • Tudo que eu queria é que fosse mentira, um pesadelo

    Tenho 23 anos, estou terminando a faculdade, faço estágio em um lugar ótimo, tenho uma família maravilhosa, mas sempre achei que faltava algo...um grande amor...quem não quer viver um grande amor? Mas como sou tímida, e não bebo, e não tenho gosto por sair muito, acabei sozinha. Minhas amigas estão todas namorando, então nem se eu quisesse não tenho ninguém para sair comigo. Então a dois meses eu fui convidada para uma noite das mulheres, minhas amigas me chamaram para sair e eu fiquei muito, muito feliz mesmo. Fomos no cinema e depois para a praça de alimentação, e foi lá que eu vi aquele homem lindo pela primeira vez, de terno e gravata, um sorriso lindo, ele estava com amigos também e ficava me olhando. E sinceramente eu não conseguia tirar os olhos dele, logo minhas amigas também perceberam e o assunto da mesa era só ele e os conselhos para eu ser mais aberta, eu realmente queria conhecer aquele homem lindo, então ele levantou, passou por mim, piscou e caminhou para fora da praça de alimentação. Nós começamos a rir, eu me senti tão bem, fazia tanto tempo que ninguém me paquerava, eu tinha a impressão que ninguém me enxergava. Passado alguns minutos ele voltou, parou na minha frente e falou, " oi eu sou o Henrique e queria te dar meu contato, posso? " Eu fiquei morrendo de vergonha, mas amei e respondi na hora que sim. Ele deixou um papel na mesa , sorriu lindamente e disse " vou esperar um oi seu tá" Nossa foi uma mistura de sentimentos, parecia mentira, estava me sentindo tão bem kkk Fui para casa e nem dormi direito, Mandei um oi pelo whatsapp, mas naquela noite ele não respondeu. Foi só no outro dia, que recebi um bom dia, e então começamos a trocar mensagens, era o dia todo, mas quando chegava por volta das 19 hs, ele sumia.... No começo não me incomodou, achei que era o jeito dele mesmo, mas após alguns dias comecei achar estranho . Foi quando fui convidada para ir em um casamento de uma amiga e o convidei para ir também e ele disse que não podia, disse que tinha um " probleminha" , que precisava que eu tivesse a mente aberta. " Começou a falar que estava muito apaixonado por mim, que o momento em que me viu se apaixonou e que se apaixonou ainda mais quando fomos conversando, mas que era casado, que não podia deixar sua esposa porque tinha filhos pequenos, mas que estava muito apaixonado por mim. Senti que estava caindo, senti náuseas, tontura e não sabia o que fazer, não acreditava que estava trocando mensagem com um homem casado, me senti a pior mulher do mundo. Não consegui brigar, fiquei sem reação. Liguei para minha melhor amiga, e ela me apoiou muito, porque naquele momento eu estava apavorada, eu jamais me envolveria com um homem casado. Sei que a maioria das pessoas teriam brigado, falado um monte de coisas para aquele homem, mas eu não consegui, só me calei e quando resolvi que o melhor a se fazer era bloquear ele, vi que tinha várias mensagens horríveis. Ali ele me chamava de mulher fácil que sai pelas ruas dando bola para todo mundo e depois quer dar uma de santinha, disse que se eu fosse honesta como queria parecer, teria perguntado se ele era casado, falou tantas coisas horríveis, coisas que eu nunca pensei que poderia ouvir. Não respondi só bloquiei o número dele e chorei por dias, me culpei muito, e por vezes tive vontade de me matar, tinha a impressão que todo mundo me olhava como uma mulher que destruía casamentos sei lá, era horrível. Procurei ajuda na terapia para sair daquele sentimento horrível. Minha mensagem é para todas as mulheres que passam por uma situação de Violência procurar ajuda também, porque vivemos em um mundo que um homem mente, engana a gente e a esposa dele e ainda se sente no direito de agredir. Eu estou me livrando desse sentimento horrível, não consegui sozinha sem a terapia acho que nem conseguiria. Mas hoje tenho uma certeza eu não tenho culpa, não mereço ser enganada, e acusada de coisas que não fiz. Ninguém merece.

  • 16 de abril DIA MUNDIAL DA VOZ - VIVA A VOZ FEMININA!

    O dia mundial da Voz foi criado em 1999 como resultado de uma iniciativa de médicos, fonoaudiólogos e professores de canto que pertenciam à antiga Sociedade Brasileira de Laringologia e Voz (SBLV). Apesar da data ser criada no intuito de projetos relacionados a prevenção da saúde me faz pensar sobre quem somos nós mulheres sem a voz na sociedade. Acolhimento Mulher tem  lutado para que toda mulher tenha seus direitos garantidos, e a voz é um desses direitos. A história conta as mais terríveis violências contra as mulheres que ao longo dos anos lutaram pelos direitos de todas as  mulheres, conheça algumas mulheres fantasticas que marcaram a histórica de luta feminina: Geovana Teododo, indígena Kaigang e Sônia Vicente Cacau Gavião, “Cry Capric” também foram assassinadas enquanto lutavam pela demarcação de seus territórios. Edilene Mateus Porto. Trabalhadora rural. Acampamento 10 de maio, Alto Paraíso – Rondônia. 2016 assassinada a tiros junto com seu companheiro Isaque Dias, perto do acampamento 10 de maio, lutavam pelo direito à terra. Adna Senhora Teixeira – liderança, trabalhadora rural. Cujubim – Rondônia. 2016 assassinada com 21 facadas, por três homens, lutava pelo direito à terra. Nilce de Souza Magalhães (Nicinha), liderança do MAB. Monte Negro – Rondônia. 2016 denunciou as violações de direitos humanos cometidas pelo consórcio responsável pelas hidrelétricas do rio Madeira, o corpo de Nicinha foi encontrado no dia 21/06/2016, no lago da UHE de Jirau, amarrado a uma pedra, com as mãos e os pés atados. Cleidiane Alves Teodoro, trabalhadora rural. Monte Negro – Rondônia. 2016 do movimento de luta pela terra, seu corpo foi encontrado boiando, no rio Candeias, e a motivação do crime tem a ver com os conflitos agrários. Francisca das Chagas Silva, liderança Sindicalista e Quilombola. Amarante do Maranhão – Maranhão. 2016 lutava por uma vida mais digna para milhares de trabalhadoras/es do campo e das florestas, foi encontrada morta em uma poça de lama, estava nu, aparentava sinais de estupro, estrangulamento e perfurações. Giovana Deodoro, indígena Kaigang. Mato Castelhano – Rio Grande do Sul. 2016 Assassinada a tiros. Lutava pela demarcação do território do povo Kaingang. O processo se arrasta há mais de 12 anos. Além do homicídio outros quatro indígenas ficaram feridos. Jane Julia de Oliveira. Liderança sem-terra. Pau D´Arco- Pará – 2016 Liderança, foi uma das trabalhadoras rurais assassinada, atuava nos movimentos sociais, investigações. Kátia Martins de Souza. Liderança sem-terra. Castanhal – Pará. 2017 era presidente da Associação de Moradores do Acampamento 1º de janeiro, assassinada com cinco tiros em sua casa. Maria Trindade da Silva Costa. Liderança quilombola. Moju – Pará. 2017 líder quilombola foi encontrada morta pela família, conhecida por sua atuação à frente da comunidade Santana do Baixo Jambuaçu onde vivia. Maria da Lurdes Fernandes Silva. Itupiranga- Pará. 2017 foi assassinada dentro do projeto do assentamento UXI   por vários tiros, lutava pelo direito à terra. Marielle Franco socióloga, ativista e política brasileira. elegeu-se vereadora do Rio de Janeiro para a Legislatura 2017-2020,   em luta por milhares de pessoas pobres e excluídas do acesso à direitos básicos foi morta a tiros em uma emboscada,  investigações revelaram, um ano depois, que o autor dos disparos foi o  Ronnie Lessa, que fechou um acordo de delação premiada e apontou o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro,  Domingos Brazão, como um dos mandantes. Brazão nega qualquer envolvimento. Sônia Vicente Cacau Gavião, “Cry Capric”. Indígena. Amarante do Maranhão, morreu em decorrência de atropelamento causado por um caminhão madeireiro, na cidade de Amarante do Maranhão, perto da Terra Indígena Governador, os indígenas atribuem a morte em represálias à atuação do povo Gavião contra práticas ilegais de extração de madeira dentro de seu território. Após todas essas violências, poderíamos recuar e nos esconder no silêncio, mas não NINGUÉM IRÁ NOS CALAR VIVA A VOZ FEMININA!

  • 40 ANOS DE CEDAW: Convenção para a Eliminação de todas as Formas de Discriminaçãocontra a Mulher

    São 40 anos de luta pelo fim da discriminação contra a Mulher, buscando a isonomia, a igualdade e a equidade entre os gêneros, em uma realidade de séculos de patriarcado. Patriarcado: sistema em que homens mantêm o poder primário e predominam em funções de liderança Foi no século XX, especialmente no período pós-guerra, marcado pelo processo de emancipação da mulher, com a inclusão feminina no mercado de trabalho, permeada pelas reivindicações de igualdade que foi aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher – CEDAW (Convention on the Elimination of All Forms of Discrimination against Women). E no Brasil foi em 31 de março de 1981 que a Convenção foi ratificada pelo Congresso Nacional e em 1994 o Brasil se comprometeu em garantir os direitos a todas as mulheres. A discriminação contra a mulher é definida no artigo 1º da Convenção, como “toda distinção, exclusão ou restrição baseada no sexo e que tenha por objeto ou resultado prejudicar ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício pela mulher, independentemente de seu estado civil com base na igualdade do homem e da mulher, dos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural e civil ou em qualquer outro campo”. O fato é que muito se alcançou em relação aos direitos das mulheres e muito ainda precisa ser alcançado, trazer as discussões das conquistas e das necessidades para a sociedade é de extrema importância, acreditamos que a educação é uma das ferramentas fundamentas para a mudança e a prevenção de violências contra as mulheres.

  • LEI 14.717/2023 GARANTE PENSÃO ALIMENTICIA PARA ORFÃOS PELO FEMINICIDIO

    A Lei garante um salário-mínimo mensal para órfãos de mulheres vítimas de feminicídio, o valor deve ser dividido entre os filhos com idade inferior a 18 anos. É garantido o recebimento mesmo que o feminicídio tenha ocorrido anteriormente à publicação da lei. Regras: Benefício deve ser concedido a órfãos com renda familiar mensal per capita de até 25% do salário-mínimo, e com idade inferior a dezoito anos. Será negado o recebimento do benefício “a criança ou o adolescente que tiver sido condenado, mediante sentença com trânsito em julgado, pela prática de ato infracional análogo a crime como autor, coautor ou partícipe de feminicídio doloso, ou de tentativa desse ato, cometido contra a mulher vítima da violência. O benefício poderá ser concedido provisoriamente antes da conclusão do julgamento do crime se houver indícios de que houve feminicídio. Se for decidido pelo juiz, após trânsito em julgado, que não houve feminicídio, o pagamento será imediatamente suspenso, mas os beneficiários não serão obrigados a devolver o dinheiro já recebido, a não ser que seja comprovada má-fé. O eventual suspeito de autoria ou coautoria do crime não poderá receber ou administrar a pensão em nome dos filhos. O projeto também impede o acúmulo da pensão com outros benefícios da Previdência Social. O pagamento será mediante requerimento, sempre que houver fundados indícios de materialidade do feminicídio, na forma definida em regulamento, vedado ao autor, coautor ou partícipe do crime representar as crianças ou adolescentes para fins de recebimento e administração da pensão especial" No caso de óbito ou maioridade do beneficiário da pensão especial, a cota será reversível aos demais beneficiários Mesmo que o menor dependente da vítima de feminicídio tenha direito a ser indenizado pelo agressor ele fará jus ao recebimento da pensão especial. As despesas decorrentes do disposto nesta Lei serão classificadas na função orçamentária Assistência Social e estarão sujeitas a previsão nas respectivas leis orçamentárias anuais Bibliografia: https://www.gov.br/inss/pt-br/assuntos/filhos-de-vitimas-de-feminicidio-terao-direito-a-pensao-especial

  • Balanço MARÇO 2024

    Chegando ao fim do mês de março, MÊS DA MULHER, que deve servir como o mês de efetivação da nossa luta por DIREITOS e contra tantas violências que infelizmente as mulheres ainda são alvo, não podemos deixar de comemorar pontos importantes: Entrega do Primeiro Relatório Nacional Salarial, A prisão de Robinho, A prisão dos mandantes do assassinato de Marielle Franco, O lançamento da campanha Lei do FEMINICIDIO, A efetivação da Campanha Não é Não. Mas como sempre a luta continua, porque não aceitarmos nada mesmo que o fim de qualquer tipo de violência contra mulheres de todo mundo. Ao mês de março também foi marcado por muitas coisas ruins para as mulheres, ver Daniel Alves pagar para se livrar da pena pelo crime horrível de estupro é um tapa na cara da sociedade e um desrespeito a todas as mulheres, ver CUCA em um cargo tão importante após se safar do seu crime é um absurdo. O fato é que a história está sendo escrita e nossa voz gritando por uma vida digna para as mulheres é necessária o tempo todo. Neste mês de março ACOLHIMENTO MULHER convida VENHA GRITAR PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES! SIGA NOSSA PÁGINA, SE INSCREVA NOSSO SITE www.acolhimentomulher.org e divulgue para que mais mulheres tenham informações dos seus direitos. Vc pode fazer a diferença!

  • Carrego no meu coração a dor de ter crescido em um lar cheio de violência ( autor ocultado)

    Olá. Mulheres, eu quis contar minha história porque após muitos anos aprendi que escrever ou falar pode trazer alívio as dores que carregamos, e existe dores que parece que nunca somem né. A gente vai vivendo com aquela dor sabe, tem dias que esquecemos dela, acordamos cedo, vamos para o trabalho, chegamos em casa e tem tanta coisa para fazer que o dia passa e nem lembramos daquilo, as vezes isso acontece por dias, semanas e até mesmo meses. Mas aí acontece alguma coisa que traz toda aquela dor de volta, não é uma tragédia, ou uma coisa enorme que mudou o mundo, está mais relacionado a comportamentos repetitivos daquela pessoa que só sabe machucar e então ¨BUMMMM¨, EXPLODE A DOR. Em algumas situações eu saio e faço de conta que não percebi, em outras desperta minha revolta e eu vou reagir não aceitando mais aquela situação, e ai vira uma confusão porque a pessoa se faz de vítima. Eu não tenho a pretensão de que a vida é perfeita e que não teremos problemas, mas tenho certeza que agressores tornam tudo mais dificil e eu gostaria de poder apagar minhas lembranças de uma infância e adolescencia roubada, por crescer em um lar de violências entre um casal, que machucou todos os seus filhos e destruiu qualquer possibilidade que continuidade de convivio familiar harmonico. Tenho uma amiga que sempre me diz, as pessoas olham para idosos e só veem a pessoa debilitada que precisa de cuidados, como se agressores não envelhecessem. E isso é a mais pura verdade, então é difícil de se defender de quem passou a vida toda fazendo maldades e agora continua igual, com a diferença de que hoje tem a saúde debilitada, e eu tenho que cuidar. Meu genro sempre fala : ¨preste atenção nas pessoas que ninguém quer ir visitar, ninguém quer por perto, ¨alguma coisa tem ¨, porque pessoas boas todos querem ajudar e ficar perto nos bons e maus momentos. Eu vim aqui para desabafar sabe, não é para agredir e nem expor ninguém, é para desabafar mesmo, porque eu tenho filhos e netos lindos e maravilhosos, e se minha vida fosse conviver só com eles eu teria que ajoelhar todos os dias e agradecer a Deus,  mas essa não é a minha realidade, tenho que conviver com a pessoa que me machucou durante minha infância e adolescência toda, porque ela precisa de cuidados e pior não mudou nada, continua machucando sem pensar duas vezes e adora fazer isso,carrego no meu coração a dor de ter crescido em um lar cheio de violência, meus pais não se entendiam, era uma guerra, com violência física, emocional entre eles, foi uma vida de abandono emocional e muita insegurança, eu e meus irmãos crescemos vendo os dois se agredirem de todas maneiras possíveis e com o tempo essas agressões iam chegando para cada um de nós, nem sei quantas vezes minha mãe mandou cada um de seus filhos embora de casa, apanhávamos de ficar com marcas pelo corpo, e éramos abandonado, xingados e desprezados o tempo todo, meu pai vivia em um mundo paralelo, não batia, mas também não estava presente, não defendia nenhum de nós, trabalhava, bebia, usava drogas, batia na minha mãe e sempre pregava a moral e os bons costumes o tempo todo e é assim até hoje. ¨cheio dos discursos ¨, hoje eles não moram juntos e eu percebo que isso foi bom porque quando visito meu pai ele me trata mil vezes melhor do que quando ele viva com a minha mãe. É muito difícil sabe, minha vontade é de mudar para um lugar muito longe, e nunca mais ser encontrada, mas não posso porque para isso teria que ficar longe de meus filhos e netos, que são a melhor coisa do mundo. A Lei diz que tenho que cuidar de quem nunca cuidou de mim, de quem me bateu durante toda minha infância e adolescência, de quem me expulsou de casas muitas vezes durante toda vida, de quem destruiu nossa família com fofocas, maldades e mentiras, e isso não é fácil, porque até hoje essa pessoa continua a fazer isso, e com um dom incrível consegue fazer com que todos pensem que é uma pobre vítima abandonada, mesmo sendo feito de tudo, e pior adora dificultar tudo para parecer que está sem cuidados.

  • Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios Decreto nº 11.640/2023

    Criado em em 16 de agosto de 2023, o Pacto envolve várias áreas do governo federal com a coordenação do Ministério das Mulheres, prevê a adesão de estados e municípios e a participação do conjunto da sociedade. Tem como objetivo ser o instrumento de articulação e operacionalização de enfrentamento à Violência contra as Mulheres. Possue três eixos: PREVENÇÃO PRIMÁRIA - ações planejadas para evitar que a violência aconteça e que visem a mudança de atitudes, crenças e comportamentos para eliminar os estereótipos de gênero, promover a cultura de respeito e não tolerância à discriminação, à misoginia e à violência com base no gênero e em suas interseccionalidades, essas ações visam construir relações de igualdade de gênero, envolvidas as ações de educação, formal e informal, com a participação de setores da educação, da cultura, do esporte, da comunicação, da saúde, da justiça, da segurança pública, da assistência social, do trabalho e do emprego, dentre outros; PREVENÇÃO SECUNDÁRIA - ações planejadas para a intervenção precoce e qualificada que visem a evitar a repetição e o agravamento da discriminação, da misoginia e da violência com base no gênero e em suas interseccionalidades. São desenvolvidas por meio das redes de serviços especializados e não especializados nos setores da segurança pública, saúde, assistência social e justiça, dentre outros, e apoiadas com o uso de novas ferramentas para identificação, avaliação e gestão das situações de risco, da proteção das mulheres e da responsabilização das pessoas autoras da violência; PREVENÇÃO TERCIÁRIA - ações planejadas para mitigar os efeitos da discriminação, da misoginia e da violência com base no gênero e em suas interseccionalidades e para promover a garantia de direitos e o acesso à justiça por meio de medidas de reparação, compreendidos programas e políticas que abordem a integralidade dos direitos humanos e garantam o acesso à saúde, à educação, à segurança, à justiça, ao trabalho, à habitação, dentre outros

  • 08 de março 2024 dia de LUTA ! 💪

    Dia Internacional da Mulher💪 A data é símbolo das conquistas que as mulheres efetivaram no século XX. E segue hoje como o dia de reafirmar os Direitos da Mulher! Apesar das grandes vitórias já conquistadas, não podemos descuidar porque já sabemos " Basta uma crise política, econômica e religiosa para que e os direitos das mulheres sejam questionados " ( Simone de Beauvoir). Com a aplicação da Lei Maria da Penha, muita justiça foi feita em casos que mulheres foram vítimas de agressores cruéis, porém ainda vivemos em um mundo onde meninas e mulheres sofrem mutilação de órgãos genitais, são obrigadas a usar determinadas roupas para não serem condenadas a morte, um mundo onde algumas meninas não podem ter acesso a educação. Ainda vivemos em um País que a cada dois minutos uma mulher é vítima de Violência doméstica, quatro feminicídios aconteceram por dia ,e a cada 24 horas duas mulheres sofreram abuso sexual . Então já sabemos que o DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES É UM DIA DE LUTA 💪 CHEGA DE VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES! ACOLHIMENTO MULHER TE CONVIDA! LUTE, RESISTA, NÃO FIQUE CALADA ! Nos ajude a defender nossas mulheres!

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